quarta-feira, 6 de outubro de 2010

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Maquiagem para olhos pequenos...

O nó da alma


Vinha sentindo um nó preso na garganta e na alma.

O que fazer? Além do mais, era algo que o seu interior conhecia e avaliava de forma menor, sem fé e valia. Porém, alguma coisa ia e vinha batendo-lhe na cara, de frente, feito chuva fina com vento forte ...

... Sentimentos do coração, sem medidas e limites, vivem a céu aberto, psicotizando o pensamento, sem bordas e esteio.

Na verdade, não era para ser assim, mas a sua vida era desta forma.
Em dias silenciosos, ficava horas olhando o vazio, em outros, apenas acompanhava o voo dos pássaros, com o azul do céu como cenário ideal, um lugar onde, se pudesse, alçaria voo sem destino, só para sentir o prazer absoluto da liberdade.

Liberdade que seu endereçamento particular desconhecia, não tinha tempo, caminho ou porta para abrir, entrar e se sentir amada e acolhida. Mas tinha dentro de si uma leve esperança, de que um dia o seu nó mostraria a razão da sua existência solitária.

Quem sabe a morte, aquela que nada leva, apenas a alma, repleta de desejos...

domingo, 19 de setembro de 2010

Mell

Mell

Não te amo mais
.Estarei mentindo se disser que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza de que
Nada foi em vão.
Sei dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer nunca que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a fraseEU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade:
É tarde demais...
OBS.: - Agora leia de baixo para cima.
Pura arte... Pura genialidade.
de Clarice Lispector

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Encontro






Ela se dirigiu até o hall de entrada, olhou no espelho antigo da parede próxima a porta cheia de detalhes, parou um instante e passou os olhos pela silhueta magra. Arrumou os cabelos lisos e negros, dando a impressão de estarem em desalinho casualmente. Depois, verificou o corredor pelo olho mágico, estava escuro e vazio...
Suspirou aliviada, não queria encontrar com a vizinha do apartamento ao lado. Por um momento, esqueceu o que fazia ali parada e riu de sua amnésia instantânea. O que seria aquele start?
Na verdade, já havia um tempo em que não pensava em si, nas suas ações e no seu possível futuro. Parecia tudo tão confuso e ao mesmo tempo, pleno de nada, nada mais.
Parou um pouco, respirou fundo e ajeitou a postura, a única coisa que lhe passou pela mente foi a possibilidade de uma tempestade, precisava de um guarda-chuva para lhe proteger os cabelos. Onde será que o colocara?
Lembrou então, do encontro marcado e do filme escolhido, precisava correr, estava atrasada. Sorriu para si e sentiu um grande prazer quando cruzou a soleira da porta e um vento suave lhe atingiu o rosto. Deixou seu apartamento para trás e ganhou a rua como quem ganha uma notícia boa.

terça-feira, 7 de setembro de 2010